A Janela
Hoje eu olhei pela janela
E vi o Sol nascer
Tanta gente na favela
E não para de crescer
Hoje eu olhei pela janela
Ate acontecer
Como essa gente tão sofrida
Tem alegria de viver
Mas é a verdade nua e crua
Sem ressentimento
Largada pela rua
E levada pelo vento
Sobe o morro todo dia
Maria, José e João
Abrem porta, lavam pia
So para comprar o pão
Pão que preenche o vazio
Que os mantem em pé
Muitos comem caviar
Isso não e pra ralé
Essa doce amargura
Podia ainda ser pior
Mas temos fé em Deus
Que amanha vai ser melhor
Sei que vai mudar
E quero estar aqui pra ver
E vou olhar pela janela
E ver denovo o Sol nascer
Trem Azul
Esse é o balanço, o balanço do Trem Azul
Vamos todos balançar, no balanço do Trem Azul
Te leva pro Norte
Te leva pro Leste
Pro Continente
Pântano do Sul
Pra quem tá dentro o aperto
Pra quem tá fora o lamento
O aperto no coração
De quem trabalha, de quem é patrão
Seguindo o caminho na beira do mar
Estrela cadente, cai o luar
Pra quem se esconde, pra quem aparece
Te traz o segredo, o segredo de amar...
Abre a janela, eu vejo a mudança
O vento na cara que traz a esperança
De voltar pra trás, parar o futuro
Sentado no muro, feliz a cantar
Vivendo, crescendo nessa vida louca
O beijo na boca me faz viajar
Eu vou pra bem longe desse mundo louco
Te levo comigo, te ensino a voar
Anda descalço muleque
Faz tua pipa enfeitar o céu
Linda menina, boneca de pano
Fazem brilhar os seus olhos de mel...
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
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